ENTRE CAMPOS... UM OLHAR... UM CAMINHO

sábado, 5 de junho de 2010

AS MULHERES QUE AMARAM MR. KING

(continuação)

«O corpo dela era belíssimo!, a saia era curta, vi que usava calcinhas brancas e cintos-de-ligas. Quando chegámos ao hotel abraçou-me gentilmente e começámos a despir-nos E disse-me enquanto fazia carícias nos ouvidos: Sabia perfeitamente que eu seria o árbitro do encontro do da seguinte.»

Alexander mostra-se estupefacto, mas o árbitro acrescenta:

«Passámos uma grande noite! Era meu hábito deitar-me pelo menos três horas antes dos jogos importantes e nesse dia, garanto-lhe, essas três horas foram absolutamente essenciais. E não me ofereceram só a rapariga, tive prendas em quantidade!»

Isto foi em 1984. O Sporting venceu por 2-0. O árbitro inglês jura a pés juntos que não favoreceu nenhum dos clubes intervenientes. Disse ainda que, depois do jogo, um delegado do D. Minsk entrou na cabina para entregar-lhe um presente mas encontrou-o abraçado a um antigo amigo português, um dirigente federativo. «As coisas em Lisboa eram boas em demasia!» E a entrevista do News of the World ganha um estilo sensacionalista:

«A UEFA sabe perfeitamente o que se passa quanto a hospitalidades de quarto de cama mas nada faz para o impedir. Enviaram-me prostitutas em quase todos os países que arbitrei: na Rússia, Alemanha, Portugal, Holanda, Espanha e Dinamarca. Entre 1983 e 1993 arbitrei jogos que envolviam clubes como Barcelona, Benfica, Sporting, Ajax, PSV, Hamburgo ou Bayern. Mandaram-me mulheres para os quartos em, pelo menos, 12 ou 15 ocasiões. Tratava-se de raparigas na casa dos 20 anos, quase sempre belas figuras. Não se comportavam directamente como subornadoras mas sabiam muito bem o papel que estavam a representar e, invariavelmente, diziam saber quem eu era. Isto fazia parte de um método que os clubes utilizam na esperança de ganhar vantagem e influência.»

Para já, ingleses de fora...

Cuidadosamente, Mr. King salientou que nunca se confrontou com situações similares sempre que arbitrava jogos entre ingleses. E, ironicamente, chegou a exclamar: «Para conseguir uma chávena de chá já era difícil convencê-los!» Mas volta à carga:

«A chuva de presentes no continente é constante! Recebemos, às vezes, presentes fabulosos; cristais, marchandising, coisas no valor de milhares de libras.»

Howard King, cuja carreira terminou em 1994 devido a uma doença e a uma lesão no joelho, arbitrou mais de 500 jogos, dos quais mais de 20 confrontos internacionais. Pelos vistos o seu fraco são as mulheres, como e confirma:

«Nunca disse não a qualquer oferta de mulheres. Adorava que se mostrassem dispostas a todos os favores. Mas não era o único árbitro a receber mulheres. A primeira vez que me ofereceram uma prostituta foi na Bélgica, onde estive em 1983 para um jogo da Taça UEFA. O meu acompanhante, um antigo árbitro da FIFA, sabia como se faziam as coisas. Levou-me a um lugar do outro lado da fronteira com a Holanda, e não teve problemas em oferecer-me a possibilidade de diversões leves.»

Designado para arbitragem de um jogo de qualificação para o Europeu entre a Rússia e a Noruega, Mr. King encontrou em Moscovo a sua mulher fatal.

«Chamava-se Tânia. Durante o banquete, na véspera do jogo, o meu fiscal de linha, Michael, dava-me caneladas constantemente e segredava: Tânia não sabia uma única palavra de inglês. Levou-me para o seu apartamento e passei uma hora de valor fantástico.»

No dia seguinte a Rússia venceu por 4-0. Mas não precisou de favores do árbitro. A verdade é que , com favores ou sem eles, com Mr. King as equipas da casa venciam sempre.

Entra o Benfica!

(CONTINUA)




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